Harmonia e Evolução da Escola de Samba
Um quesito de grande relevância nos desfiles de carnaval
é quanto à harmonia e à evolução, apresentados pela escola.
A harmonia é a forma como os integrantes da escola
desfilam, considerando se há entrosamento ou não dos mesmos com o ritmo e o
canto do samba de enredo.
Os componentes da escola devem cantar o samba no mesmo
tempo que o puxador, a voz principal durante o desfile.
A totalidade da voz cantada pela escola durante a
apresentação também é elemento considerado para a avaliação da harmonia, ou
seja, o grupo precisa cantar em uma única voz.
Os ensaios desse quesito voltam-se para que ninguém
atravesse o samba, ou seja, que não cante fora do compasso da bateria, o que
leva a perda de pontos.
Os jurados não consideram como problema uma pane no carro
de som, mas para isso é necessário que o grupo esteja coeso, sinta-se motivado,
mesmo sem a voz principal, fazendo do canto dos integrantes e da batucada da
bateria o elemento mais animador do espetáculo.
A Evolução é a forma como a dança é apresentada, bem como
sua progressão na avenida durante o desfile.
Os passos dos integrantes devem estar no ritmo, sendo
efetuados na mesma cadência da bateria.
Durante a apresentação, a escola deve desfilar evoluindo
tranquilamente, sem correrias ou retrocessos, o que prejudicam a sua pontuação.
Para isso, é necessário que aconteçam ensaios prevendo o tempo de duração da
escola na avenida, para que tudo saia perfeito. No Rio de Janeiro, o tempo
estimado é de uma hora e vinte minutos; e em São Paulo, de uma hora e cinco
minutos.
Às vezes podemos presenciar escolas correndo com as alas,
para não estourarem no tempo da apresentação, o que causa perda de pontos; ou
então, alas e destaques parados no lugar, segurando o tempo, o que também
prejudica a pontuação.
A evolução deve ser marcada pela criatividade, empolgação
e vibração dos componentes da escola, que devem ter cuidado para não
acontecerem espaçamentos relevantes, mais conhecidos como buracos, que
prejudicam a visão panorâmica de quem assiste ao espetáculo. Os buracos, bem
como os bolos de integrantes, devem ser evitados tanto nas alas como nas
alegorias.
Os passistas devem ficar ligados, pois misturar uma ala
com a outra também ocasiona a perda de pontos. A integração de uma ala com a
outra tira a beleza, perdendo a separação feita pelas diferentes cores.
Algumas alas possuem os espaçamentos, mas de forma
natural: a comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, além das
coreografias especiais.
Os buracos no recuo da bateria também são normais, pois a
ala subsequente não pode adiantar enquanto a bateria não estiver totalmente
acuada.
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