Rainha da Bateria
A cada ano o carnaval apresenta suas novidades,
enriquecendo a festa, tornando-a mais bonita e divertida para os foliões e
plateia.
É uma festa brasileira que encanta turistas do mundo
todo, movimentando o turismo das regiões carnavalescas.
As lindas mulheres, com seus corpos seminus, são um
espetáculo à parte, exibindo suas silhuetas perfeitas, corpos modelados e
esculturais.
Existem controvérsias quanto à primeira rainha de
bateria. Alguns consideram que a ideia surgiu nos anos 70, tendo Adele Fátima,
mulata famosa, desfilado à frente da bateria da escola Mocidade Independente de
Padre Miguel, mas a mesma não foi batizada como rainha de bateria.
Em 1985, a mesma escola de samba, do primeiro grupo do
Rio de Janeiro, deu início à novidade, convidando a então modelo Monique Evans
para compor a personagem, tendo a mesma se apresentado com um desfile
encantador.
A intenção de se colocar uma rainha de bateria é de que a
mesma auxilie o mestre de bateria no comando da ala de percussão, levando mais
animação para os instrumentistas, puxando o samba, não deixando o ritmo cair.
Aos poucos outras escolas foram adotando a figura da
rainha de bateria e hoje a maioria das agremiações, tanto do Rio como de São
Paulo, contam com mais esse elemento de beleza, que enfeita o desfile.
A rainha de bateria não é um quesito avaliado
individualmente, mas encaixa-se em alegorias e adereços. São avaliadas suas
fantasias, seu empenho durante o desfile, se realmente comanda a percussão e
anima os integrantes.
E não há como falar que não existe investimento da parte
delas para a apresentação: aos 43 anos de idade, Luma de Oliveira retornou às
passarelas do samba, desfilando pela Portela, com seu perfil belo e majestoso.
Para o desfile, mandou fazer uma águia (símbolo da Portela) em ouro, cravejada
de brilhantes, pagando cerca de oitenta mil reais pelo adorno.
Segundo Maurício Mattos, presidente da escola de samba
Acadêmicos da Rocinha, “a rainha de bateria não tem a autenticidade das
passistas, mas é um grande marketing para as escolas”.
Isso proporciona disputa pelas candidatas, muitas vezes
causando ciúmes e intrigas entre as mesmas, pois as escolas convidam artistas
que não fazem parte da comunidade, deixando de lado as mulheres que têm grande
importância para a escola.
Por esse motivo, algumas escolas tentaram adotar uma
rainha e uma madrinha de bateria, mas a experiência nem sempre é favorável.
Tivemos casos em que ambas desfilaram lado a lado sem se olharem durante o
festejo. Que feio!
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